Paramount e seu Legado com o Nazismo
A Principal fonte para essa matéria foi o livro A Colaboração: o pacto de Hollywood com o nazismo de Ben Urwand. Recomendamos muito a leitura desse livro para saber mais sobre como os principais estúdios estadunidenses se portaram com a chegada do nazifascismo Alemão.
Se você é fã de filmes já deve ter visto o logo acima algumas vezes. Paramount talvez seja um dos maiores estúdios de Hollywood.
Fundada por Adolph Zukor, imigrante Húngaro e de origem Judaica, em 1912, o estúdio cresceu significativamente na Segunda Guerra Mundial e enquanto outros de origem judaica eram mortos em campos de concentração espalhados por toda a Europa, o estúdio estava negociando com a Alemanha para fazer filmes que não ofendessem o Nazifascismo ou expusesse os horrores que estavam acontecendo com seus semelhantes.
Porque faziam isso? Acontece que o mercado Alemão era o segundo maior mercado de filmes no mundo. E os Alemães adoravam consumir filmes Americanos e odiavam os filmes nacionais.
Goebbels rapidamente tratou de criar mecanismos para verificar se os filmes eram adequados para o regime que estava no poder. Existia um órgão especifico para assistir os filmes antes de irem para o cinema e decidir se eram adequados ou não para o povo Alemão, criaram leis que garantiam consequências para estúdios que ofendessem os interesses Alemães e nos Estados Unidos usavam o embaixador Alemão que muitas vezes assistia os filmes antes de serem editados chegando ele a definir muitas vezes o corte final que iria aos cinemas não apenas Alemães, mas do mundo todo.
Com o passar dos anos essas empresas abandonaram o barco. Resolveram investir em filmes antinazistas. Estúdios como a Warner Bros com Charlie Chaplin lançaram seus primeiros filmes que denunciavam os horrores do fascismo. A Paramount por sua vez tentava barrar esses filmes sobre o pretexto de que podiam despertar mais ódio aos Judeus.
Chegaram a emitir uma nota sobre o filme "o grande ditador" de Charles Chaplin que faria uma paródia de Hitler:
O resultado foi que em 12 de setembro de 1938 todos os estúdios, incluindo a Paramount, foram expulsos não apenas da Alemanha, mas também de todos os países que o nazifascismo havia dominado na Europa.
No relatório oficial é anunciado que os grandes estúdios americanos estavam sendo acusados de produzirem uma série de filmes antinazistas, porém há uma ressalva no documento dizendo "nenhuma acusação desse tipo é feita aos filmes normais da Paramount".
Se você é fã de filmes já deve ter visto o logo acima algumas vezes. Paramount talvez seja um dos maiores estúdios de Hollywood.
Fundada por Adolph Zukor, imigrante Húngaro e de origem Judaica, em 1912, o estúdio cresceu significativamente na Segunda Guerra Mundial e enquanto outros de origem judaica eram mortos em campos de concentração espalhados por toda a Europa, o estúdio estava negociando com a Alemanha para fazer filmes que não ofendessem o Nazifascismo ou expusesse os horrores que estavam acontecendo com seus semelhantes.
O PACTO DE HOLLYWOOD COM O NAZISMO
É importante ressaltar que a Paramount não era o único estúdio a fazer acordos direta e indiretamente com a Alemanha Nazista: Twentieth Century-Fox, Warner-Brothers, MGM e muitas outras aceitavam as sugestões Alemãs censurando seus filmes.Porque faziam isso? Acontece que o mercado Alemão era o segundo maior mercado de filmes no mundo. E os Alemães adoravam consumir filmes Americanos e odiavam os filmes nacionais.
Goebbels rapidamente tratou de criar mecanismos para verificar se os filmes eram adequados para o regime que estava no poder. Existia um órgão especifico para assistir os filmes antes de irem para o cinema e decidir se eram adequados ou não para o povo Alemão, criaram leis que garantiam consequências para estúdios que ofendessem os interesses Alemães e nos Estados Unidos usavam o embaixador Alemão que muitas vezes assistia os filmes antes de serem editados chegando ele a definir muitas vezes o corte final que iria aos cinemas não apenas Alemães, mas do mundo todo.
MAS E A PARAMOUNT?
Com o passar dos anos essas empresas abandonaram o barco. Resolveram investir em filmes antinazistas. Estúdios como a Warner Bros com Charlie Chaplin lançaram seus primeiros filmes que denunciavam os horrores do fascismo. A Paramount por sua vez tentava barrar esses filmes sobre o pretexto de que podiam despertar mais ódio aos Judeus.
Chegaram a emitir uma nota sobre o filme "o grande ditador" de Charles Chaplin que faria uma paródia de Hitler:
"Acho que o grande erro que os Warners estão cometendo nessa questão é não terem considerado a atitude de Charlie Chaplin de desistir de seu plano de produzir uma paródia de Hitler (...). Tenho certeza que se o filme for feito e for de algum modo descortês para com a Alemanha, como deverá ser se for produzido com honestidade, então os Warners terão em suas mãos o sangue de muitos judeus na Alemanha."Esse medo na verdade era de que os estúdios norte americanos fossem todos proibidos de comercializarem filmes na Alemanha Nazista. A Alemanha havia dominado boa parte da Europa. Cortar relações comerciais com ela agora representava a perda de mercado em países como Bélgica, Noruega e França, dentre outros que tinham funcionários dos estúdios trabalhando neles. Fato é que a empresa não lançou nenhum filme de cunho antinazista na década de 30 e manteve boas relações com o nazismo até o inevitável fechamento das relações com todos os estúdios estadunidenses.
O FIM PACIFICO DA RELAÇÃO ENTRE PARAMOUNT E O NAZISMO
Conforme o passar do tempo tornou-se cada vez mais difícil impedir que os estúdios americanos lançassem filmes antinazistas. A MGM, a Fox, a Warner Brothers... todas elas já haviam lançado filmes que denunciavam as atrocidades que estavam acontecendo (ainda que tentassem ao máximo não mencionar os Judeus).O resultado foi que em 12 de setembro de 1938 todos os estúdios, incluindo a Paramount, foram expulsos não apenas da Alemanha, mas também de todos os países que o nazifascismo havia dominado na Europa.
No relatório oficial é anunciado que os grandes estúdios americanos estavam sendo acusados de produzirem uma série de filmes antinazistas, porém há uma ressalva no documento dizendo "nenhuma acusação desse tipo é feita aos filmes normais da Paramount".
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